O mundo do desespero cai sobre mim, invade, tortura profundamente, mas muito lentamente. Não quero nada, não quero ninguém. Fico bem, eu. Tudo parece fugir de mim, todas as minhas forças me abandonam levando com elas tudo de bom que há em mim. Sobrevivo. Não eu. Mas,sim, tudo o que resta de mim. Ódio, raiva, desgosto. Continuo sempre caminhando sob as pedras que me atiram, mas já há muito que desisti de as tirar do meu caminho. É difícil ter coragem num mundo em que a cada passo que dou me empurram para o fundo do poço. Encontro-me no fundo do poço, já nenhuma força me empurrará (mais ainda) para o vácuo. Tudo de mim me foi arrancado. Tudo de mim é afastado. Esconder-me-ei no mais profundo buraco do meu poço, nada mais me será arrancado, nada mais tomará conta de mim. Apenas eu. Sobrevivo.Inerte.
Tudo de mim me foi arrancado. Sinto saudade?muita.
« From this moment on, as long as I can, I'm holding on with both hands ... won't let you fall... Never gonna be alone! »
ResponderEliminarmais um texto bonito teu (: